Otimismo - Em torno da
Felicidade
Em torno da felicidade
Diz-se, costumeiramente, que a felicidade real não é encontrada na Terra, com o
que anuímos em sã consciência.
Jesus
teve ensejo de afirmar: “O meu reino não é deste mundo”, como a corroborar que
a felicidade não é ainda possível na atual conjuntura da Humanidade terrestre.
Não obstante, ela pode ser cultivada no imo de cada criatura, mediante
realizações que a plenifiquem, quando diminuindo as penas e as dores do
próximo.
Felicidade, como sendo ausência de preocupação e dever, estado de ócio e
abundância de coisas, não deixa de ser uma utopia, com que as mentes
fantasistas estabelecem metas de gozos e prazeres, em razão de não lograrem o
panorama de um estado feliz.
A
felicidade pode ser comparada a um bumerangue, quando de retorno a quem o
atirou em direção benéfica. Faz-se indispensável propiciá-la aos outros, a fim
de que os seus efeitos saudáveis harmonizem aqueles que a espalharam.
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Alguém
que conta com a armazenagem de produtos alimentícios, objetivando a alta dos
preços para ser feliz, precipita e desencadeia a miséria de muitos que o
inquietam e atormentam.
Quantos indivíduos que estimulam a usura, mediante processos escusos, para a
conquista de fortuna pessoal, terminam amargurados e insatisfeitos sob a
coerção dos conflitos que dão gênese a enfermidades diversas.
Quem
amealha excesso de qualquer tipo diante da escassez perturbadora, há de
experimentar insatisfação e desconforto íntimo, sem conseguir a dita que
ambiciona.
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Procurando fruir de felicidade interior, aprende a repartir oportunidades
festivas com os companheiros que jazem em sombras e angústias pelo caminho por
onde avanças.
Não
alardeies tuas realizações, fomentando disputas.
Se
colocado em posição de relevo no teu grupo social, precavêm-te contra a inveja,
utilizando-te da situação
para melhor ajudar.
Qualquer destaque em ti, pode apresentar-se como despeito em outrem.
Se
puderes estar ombro a ombro com o teu próximo na lavoura do serviço, será mais
fácil conquistá-lo.
Atividade é fator de enriquecimento emocional e social, mas solidariedade é
benção de felicidade para todos.
A sós,
ninguém consegue ser feliz.
Pode
construir o seu edifício de glória, sem dúvida, com o auxílio dos outros, mas
não o fruirá, em paz e júbilos, sozinho.
O
egoísmo é fator dissolvente onde se encontre, enquanto a fraternidade é ímã de
aglutinação de peças humanas no meio onde cada qual cresce para a Vida.
Repartindo-se qualquer valor amoedado ou moral, materializado ou espiritual,
ele se multiplicará, produzindo novos recursos e reproduzindo-se em riquezas
novas.
Posta
em movimentação a moeda do bem, esta estimula a felicidade geral, já que, se
negando ao direito do próximo o que se usa apenas como crédito pessoal, a ação
se converte em sofrimento para outros sob o comando do desconcerto de quem
usufrui desmedidamente.
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O dono
de hectares de terra não cultivada, vive sob o estigma do medo de vê-los
tomados por quem não possui um metro de solo para plantar e viver.
O
detentor de muitos títulos negociáveis e de moedas, movimenta-se ansioso, ante
a defasagem dos juros e os receios de queda de preços na Bolsa de Valores.
Os
possuidores de joias e tesouros de arte temem perdê-los, guardando-os em cofres
fortes e bancos especiais, impedidos de os desfrutar conforme gostariam.
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Aumenta o poder em poucas mãos e generaliza-se o furto em toda parte.
Usam-se técnicas de segurança para preservar-se bens e ampliam-se os quadros da
delinquência.
Excessos, desperdícios, acúmulos e exageros da posse respondem por delitos,
dores volumosas e pela impiedade da violência.
A
felicidade recomenda gerar trabalho, repartir esperança, distribuir alegria,
promover a educação, ajudar sempre, porque, assim fazendo, a paz e o bem-estar
prevalecerão sobre as demais realidades naquele que a movimente com a
participação de todos.
Autor: Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira Franco