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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Em Defesa da Vida






Antonio Cesar Perri de Carvalho

31/10/2014 10h28 - Atualizado em 31/10/2014 10h32

Em Defesa da Vida

A Obra Básica e inaugural O livro dos espíritos (em “O Livro Terceiro – Leis Morais”) apresenta teorias avançadas para a sua época, especialmente no que concerne ao direito de viver:
“Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?
– O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal” (questão 880).
A vida tem um sentido mais profundo para o Espiritismo – “o mais terrível antagonista do materialismo”, como concluiu o Codificador em O livro dos espíritos (Conclusão II).
Pela ótica ampliada pelo Espiritismo, torna-se possível a compreensão dos ensinos morais do Cristo relacionados com o “levantamento da ponta do véu” que é a certeza da imortalidade da alma (Introdução de O evangelho segundo o espiritismo) e do sentido amplo de “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João, 10:10).
Como espíritos imortais – encarnados – temos compromissos com a valorização da vida e com a qualidade de vida, a começar pelo respeito ao próprio corpo.
 “O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne” – André Luiz (Conduta espírita, cap. 34).
A vida física deve ser respeitada desde o momento da concepção até o instante da morte natural. Daí serem incabíveis, o aborto, a violência, o uso de drogas, a eutanásia e o suicídio.
Da magistral obra Memórias de um suicida, destacamos: “O que há é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte! É a revolta, a praga, o insulto, o ulular de corações que o percutir monstruoso da expiação transformou em feras! O que há é a consciência conflagrada, a alma ofendida pela imprudência das ações cometidas, a mente revolucionada, as faculdades espirituais envolvidas nas trevas oriundas de si mesma!”
Daí o papel educativo que deve ser trabalhado pelos espíritas dentro e fora do Movimento Espírita: “A reencarnação é o meio. A educação divina é o fim” (André Luiz, Missionários da luz).
O respeito à vida em todas as etapas tem sido objeto de Campanhas, intituladas “Em Defesa da Vida”. A Federação Espírita Brasileira a implantou desde 1994. O Conselho Espírita Internacional discutiu várias vezes o tema. A Federação Espírita Portuguesa elaborou uma Campanha como proposta ao CEI, que foi aprovada, e também propôs que este seja o tema central do 8º. Congresso Espírita Mundial, programado para Lisboa, para o ano de 2016.
Cultivemos e valorizemos o louvor continuado à existência corporal e à vida imortal!
“O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza” (O evangelho segundo o espiritismo, Cap. XVII, item 3).

Acessos a páginas eletrônicas:
 1)      EM DEFESA DA VIDA – Portal da FEB:
 2)      Manifesto contra legalização da maconha:
 3)      CAMPANHA “AMAR A VIDA” DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA PORTUGUESA NO PORTAL DA FEB:
Livro:
Pereira, Yvonne Amaral. Pelo espírito Camilo Cândido Botelho. Memórias de um suicida, 1ª. parte. Cap. O vale dos suicidas, p.22. Brasília: FEB Editora.
 Revista:
Reformador on line – edição de novembro de 2014:
Antonio Cesar Perri de Carvalho é presidente da Federação Espírita Brasileira.
Fonte: Site da Federação Espírita Brasileira - www.febnet.org.br

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